Figura 1. O Aedes Aegypti mosquito transmissor da dengue, zika vírus e chikungunya Fonte: Banco de Dados Morgue File ( http://www.morguefile.com/)
Em 2014, foi publicado um estudo que concluiu que o vírus Zika estava sofrendo um processo importante de mutações e que já era possível definir duas linhagens diferentes do vírus: a Africana e a Asiática [1]. É esta última linhagem que circula neste momento no Brasil, Colômbia, Chile, El Salvador, Guatemala, México, Paraguai, Suriname e Venezuela.[2]
Em fevereiro de 2015, foram notificados ao Ministério da Saúde cerca de 6.800 casos de doença exantemática, ou seja, com erupções vermelhas na pele, sem causa definida na Região Nordeste. Todos os casos apresentaram evolução benigna e cura espontânea. Em 29 de abril, pesquisadores da Universidade Federal da Bahia anunciaram a identificação do vírus Zika como causador dessa doença. Atualmente, o vírus já foi identificado em 20 estados brasileiros, só estando livres Minas Gerais, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Acre [3]. No entanto, acreditamos que é apenas uma questão de tempo para que surjam casos nestes estados.
Neste momento, as dúvidas predominam muito em relação às certezas sobre como se transmite o vírus e que doenças pode causar.
Até agora, sabe-se com certeza que o vírus é transmitido pelo mosquito Aedesaegypti, no caso do Brasil. Existem suspeitas de que seja transmitido pelo leite materno, pela placenta, durante o parto e também pela saliva e pelo sêmen [2,4]. Apesar disso, a OMS (Organização Mundial da Saúde), assim como o CDC-Center for Desease Control (centro para controle de doenças dos EUA) e o ECDC (CDC da União Europeia), não admitem que estejam comprovadas estas vias de transmissão.
Até ao momento, só a doença exantemática é comprovadamente causada de forma direta pelo vírus Zika. A síndrome de Guillain-Barré e a microcefalia em recém-nascidos, filhos de mães que contraíram Zika durante a gravidez, estão relacionadas com a infecção, mas ainda não se tem a certeza de por qual mecanismo.
80% das pessoas infectadas pelo vírus não apresentam qualquer sintoma e 20% apresentam uma síndrome com a presença de erupções vermelhas na pele (exantema) e coceira, febre, conjuntivite, dores musculares e das articulações e cefaleia. Nem todos os sintomas estão presentes, os três primeiros referidos são os mais comuns. E este fato, o da infecção pelo Zika Vírus ser silenciosa, que reside o grane risco para as gestantes e filhos(as). Então a máxima do verão continua valendo, elimine os possível focos de reprodução do Aedes Aegypti como água parada etc, etc, etc...Realmente tal ação é importante!!!
Referências*:
[1] http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3888466/
[2] http://ecdc.europa.eu/en/healthtopics/zika_virus_infection/factsheet-health-professionals/Pages/factsheet_health_professionals.aspx
[3] Protocolo de vigilância e resposta à ocorrência de microcefalia relacionada à infecção pelo vírus Zika / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Vigilância das Doenças Transmissíveis. Brasília: Ministério da Saúde, 2015
[4] http://www.eurosurveillance.org/ViewArticle.aspx?ArticleId=20751
* Ops, ops... hehe:
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